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Sunday, June 24, 2012

 

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Saturday, June 23, 2012

 

Festa junina na escola Miguilim



Monday, June 18, 2012

 


 

 

Democracine

Acabei de voltar de curta temporada na terra natal-Porto Alegre- onde tive a honra de participar do nascimento de um festival “ O Democracine”, idealizado pelo meu amigo mais hiperativo, o Giovani Alegretti. Um evento que tive a honra de ajudar ainda no pré-natal, pois fui convidado para fazer o cartaz (que ate ficou legal mas por conta daqueles inúmeros palpites das comissões de trabalho perdeu-a meu ver-parte da  a força inicial). Esse trabalho tem um sabor especial também porque foi concebido numa espécie de photoshop natureba- as areias da praia de Matadero por conta dessa minha vida de trabalho todo tempo  em qualquer lugar: a idéia veio enquanto eu cuidava dos meus filhos pequenos, eles em férias e eu na pressão. Aliás  como tem sido sempre nesses meus dias de burro de carga da era atômica. Enfim, o que realmente importa é que no andar dos trabalhos os próprios organizadores me lembraram que o Mediatrainning-curta que realizei com o Rodrigo Silveira e que tem por tema a tortura- deveria participar (conheciam o trabalho ). O que de fato aconteceu , fomos selecionados , o que me deu um motivo extra de satisfação. Dai esses meus quatro dias acompanhando o nascimento de um novo evento na minha terra natal., lugar escolhido dado o caráter rebelde da capital gaucha , que vem de muito antes de Fóruns Sociais e lutas pela democracia, marca registrada de um caráter republicano que não por acaso a colocou em momentos cruciais da historia Brasileira, caráter que encontra um exemplo maior no  episodio da Legalidade (1961) onde todos nós brasileiros corremos o tremendo risco de travar uma Guerra civil de alcance inimaginável. Eu como cidadão local sou testemunha de que ali também tivemos a nossas “praça Tahir”, como naquele glorioso dia em que diante da tropa de choque não deixamos o ditador Videla inaugurar a praça Argentina. Foi com alguma emoção que contei essa e outras histórias praqueles estrangeiros tão esquisitos quanto interessantes que formaram a primeira versão do Festival. E  onde também fiz novos amigos dentre os quais os próprios ganhadores dessa edição, os autores do Filme “ A outra guerra”  que conta um dilema atroz que afligia os jovens em idade para o serviço militar na ditadura de Salazar ( 4 anos no “Vietnã” Angolano ou sete anos como escravos na pesca do Bacalhau ) e “ Justiça” um relato da fantástica iniciativa da nova Constituição Boliviana ao legitimar a justiça comunitária indígena (pra mim a Bolívia é a experiência  mais interessante  de democracia participativa nesses novos tempos de  “magnatocracias”). Em resumo um evento muito maior que o quase silencio midiático que o cercou, algo natural nesses tempos em que o apocalipse divide espaço com os dramas de  reality shows (aliás um nome bastante idiota que conquistou legitimidade diante da nossa complacência), algo que só me preocupa no sentido que possa prejudicar o evento nos seus primeiros dias. Minha experiência em nascimentos –em geral- me diz que todo evento iniciante  corre risco de continuidade por conta de sua repercussão. E nesses tempos de burrices ultra velozes e equipadas qualquer sinal de que o pulso ainda pulsa deve ser tratado com o maior carinho. Obrigado a todos que fizeram o Democracine e em especial ao grande Giovanni Alegretti, que ultrapassou os 220 w de potencia, esse italiano move mundos.

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